INSTALAÇÃO DO GLPI NO GNU/LINUX CENTOS 7.0

Partirei do principio que o servidor já esta instalado com o S.O. CentOS 7.0 e também que este servidor possui no mínimo uma conexão de rede instalada e operacional.

RESOLUÇÃO DAS DEPENDÊNCIAS

Como este é um ambiente de teste, será desabilitado o sistema de firewall que nesta versão está como “firewalld”.

Para parar o serviço utilize o comando:

# systemctl stop firewalld

Para desabilitar o serviço de forma definitiva no servidor utilize o comando:

# systemctl disable firewalld

Utilize o editor de texto VIM ( ou o editor de sua preferência) para modificar o arquivo selinux executando o comando abaixo e alterando a linha “SELINUX = enabled” de enabled para disabled.

# vim /etc/sysconfig/selinux

A linha deverá ficar deste modo:

SELINUX=disabled

OBS.: caso não tenha o editor vim instalado no seu servidor, utilize o yum para fazer a instalação:

# yum install vim -y

Sempre que o arquivo selinux é modificado deve-se reiniciar o servidor, para isso utilize o comando:

# reboot


Deverão ser instaladas algumas dependências de software para que o GLPI tenha o seu funcionamento otimizado, dentre estas está o servidor web Apache, que nessa distro é conhecido como httpd. Será o apache que irá publicar o GLPI para a rede. Abaixo estão listados todos estas dependências em um único comando:

# yum install php php-gd php-mbstring php-mysqli php-mysql httpd httpd-devel -y

Com o servidor web instalado, digite o seguinte comando para inicializá-lo:

# systemctl start httpd.service

Para adicionar o Apache na inicialização do servidor automaticamente:

# systemctl enable httpd.service

O diretório padrão do Apache no CentOS é /var/www/html, então deve-se acessar esse diretório:

# cd /var/www/html

Uma vez lá devemos efetuar o download da última versão do GLPI (no momento da realização deste tutorial é a 0.85.1. Para maiores informações do software acesse: http://www.glpi-project.org/).

# wget https://forge.indepnet.net/attachments/download/1928/glpi-0.85.1.tar.gz

Após conclusão do download devemos descompactar o arquivo dentro do diretório atual:

# tar xvzf glpi-0.84.7.tar.gz

Os comandos abaixo concedem permissão total a pasta GLPI e todas as suas subpastas e arquivos:

# chmod 777 glpi
# chmod -R 777 glpi/*

Nesta instalação será utilizado como banco de dados o MariaDB, um fork do MySQL. Abaixo seguem os comandos para instalação no servidor e inicialização automática do banco junto.

Comando para instalação do banco de dados MariaDB no servidor:

# yum install mariadb mariadb-server -y

Comando para inicializar o banco de dados:

# systemctl start mariadb.services

Para que o banco de dados seja inicializado automaticamente com o servidor:

# systemctl enable mariadb.service

Para efetuar uma instalação rápida e confiável do banco de dados:

# mysql_secure_installation

OBS.: após a execução do último comando o banco irá solicitar 08 perguntas a serem informadas, abaixo está a grade com cada uma das perguntas e como devem ser preenchidas.

  • Enter current password for root (enter for none): enter
  • Set root password? [Y/n] enter
  • New password: digite uma senha
  • Re-enter new password: confirme a senha
  • Remove anonymous users? [Y/n]   Y
  • Disallow root login remotely? [Y/n] Y
  • Remove test database and access to it? [Y/n] Y
  • Reload privilege tables now? [Y/n]  Y

Com o banco de dados instalado devemos efetuar a configuração inicial do banco, criar usuário, senha e outras. Para acessar o banco de dados utilizar:

# mysql -u root -p

O banco irá solicitar a senha que foi preenchida na 3ª e 4ª pergunta da lista acima.

Após validação de usuário e senha, já estará conectado no banco de dados e com isso deve-se criar a instância que se conectará com o software GLPI. Para criar a instancia chamada “glpi” utilize o comando abaixo:

CREATE DATABASE glpi;

Para criar o usuário do banco chamado “glpiuser” utilize o comando abaixo:

CREATE USER glpiuser@localhost;

Para criar a senha “glpipasswd” do usuário citado acima, utilize o comando:

SET PASSWORD FOR glpiuser@localhost= PASSWORD(“glpipasswd”);

Para conceder os privilégios necessários para o usuário poder acessar o banco de dados e trabalhar com suas tabelas, utilizar os 2 comandos abaixo:

GRANT ALL PRIVILEGES ON glpi.* TO glpiuser@localhost IDENTIFIED BY “glpipasswd”;
FLUSH PRIVILEGES;

OBS.: Cada vez que um comando for executado com sucesso o banco de dados irá informar na linha abaixo que foi executado o comando com sucesso “Query OK”. Caso essa mensagem não seja informada, revise o comando digitado para o banco de dados.

Este comando servirá para se desconectar do banco de dados:

exit

Após a criação da instância do banco de dados, seu usuário e senha, devemos reiniciar os serviços do Apache e do banco de dados, para isso execute os comandos abaixo:

# systemctl restart httpd.service
# systemctl restart mariadb.service

A partir de agora já poderá acessar o sistema GLPI no navegador web de sua máquina para vincular o banco de dados ao sistema GLPI. Para realizar esse acesso e posteriormente concretizar a vinculação basta abrir o seu navegador e digitar:

http://ipdoseuservidor/glpi

Na próxima página demonstro como deverá ser realizada a vinculação do banco de dados com o sistema GLPI.

APLICAÇÃO GLPI ACESSANDO O BANCO DE DADOS

 

Nesta página será demonstrado como fazer para que a ferramenta GLPI possa acessar o banco de dados vinculado no servidor. Este procedimento é realizado através da interface web do seu computador.

Após realizados os procedimentos da página anterior, deve por meio do browser do seu computador acessar o endereço do GLPI. A 1ª pagina a ser exibida será a pagina de escolha do idioma, nesse caso selecione Português do Brasil.

Este é o endereço que deve estar no browser:

http://ipdoseuservidor/glpi

Após a escolhida do idioma será visualizada a tela detalhando a licença de contrato da ferramenta. Marcar a opção “Eu li e aceito os termos da licença acima” e avançar.

Como está sendo instalado o sistema GLPI do zero, a próxima tela estará indicando se o usuário quer instalar uma nova versão da ferramenta ou atualizar… neste caso escolher “instalar”.

A próxima tela faz a verificação do ambiente do servidor com a ferramenta GLPI, caso possua algum erro verificar o passo a passo da tela anterior, pois o sistema não irá deixar seguir adiante.

A tela da etapa 1 é onde deverá ser apontado o banco de dados criado para a ferramenta glpi (é possível utilizar o banco de dados em um servidor “A” e o software GLPI em outro servidor “B”… porém neste ambiente de teste estão instalados ambos no mesmo servidor). Com base nos dados que foram criados no banco anteriormente deverá ser preenchido da seguinte forma e após avançar:

  • Servidor MySQL: localhost
  • Usuário MySQL: glpiuser
  • Senha MySQL: glpipasswd

A tela da etapa 2 demonstra que a ferramenta GLPI conseguiu conectar com o banco de dados e já reconheceu a instância que foi criada anteriormente com o nome glpi… Selecionar essa instância e avançar.

A etapa 3 sinaliza que está tudo ok.

A etapa 4 monstra que a instalação está totalmente concluída e lista os usuários criados automaticamente para login. Quando clicar no botão “Usar GLPI” o sistema irá direcionar o link para a tela inicial de login de usuário.

http://ipdoseuservidor/glpi/index.php

O usuário administrador padrão é o “glpi” e sua senha é “glpi”. Por meio deste usuário poderão ser administrados todos os recursos da ferramenta.

Para finalizar a configuração deverá excluir ou renomear o arquivo “install.php” e também alterar as senhas padrões criadas para os usuários. As alterações de senha são feitas dentro do menu web na aba: Administração > Usuários.

Para renomear o arquivo install.php, acesse o diretório “install”:

# cd /var/www/html/glpi/install/

Para renomear o arquivo:

# mv install.php install.php.old

A partir deste ponto o servidor já esta totalmente operante e com isso poderá usufruir de todas as possibilidades que essa ferramenta oferece, como integração com protocolo LDAP OpenLDAP, abertura de tickets via e-mail, integração com ferramenta OCS para inventário do parque de máquinas entre outras finalidades.

Com isso finalizo o tutorial, espero que tenha conseguido demonstrar de forma clara e fácil o procedimento de instalação e assim contribuir com a comunidade GNU/Linux.

Rolar para cima